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Evangelho do Dia 07 de Abril de 2025: Reflexão sobre João 8,12-20 – A Luz que Revela a Verdade

Evangelho do dia 07 de abril de 2025: Reflexão e Luz para a Vida

Introdução

O Evangelho do dia 07 de abril de 2025, extraído de João 8,12-20, nos apresenta uma das mais belas declarações de Jesus: “Eu sou a luz do mundo”. Esta afirmação poderosa não é apenas um consolo espiritual, mas também um convite à transformação de vida. Jesus nos chama a segui-lo, a abandonar as trevas da dúvida, da ignorância e do pecado, e a caminhar sob a luz da sua presença.

Neste mesmo espírito, a liturgia do dia também nos traz a impactante narrativa de Susana (Daniel 13), uma mulher inocente e injustiçada, cuja confiança em Deus a conduz à salvação. A verdade é revelada, a justiça é restaurada e a fé é recompensada. Junto a isso, o Salmo 22(23) nos conforta com a certeza de que, mesmo em vales escuros, o Senhor é o nosso Pastor.

Neste artigo, mergulharemos profundamente na mensagem central do Evangelho, na harmonia com as outras leituras e no que tudo isso tem a nos ensinar sobre fé, confiança e luz interior. Permaneça conosco nesta reflexão espiritual e permita que a Palavra de Deus ilumine também o seu caminho.


1. Mensagem central do Evangelho (João 8,12-20)

A declaração de Jesus – “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12) – não é apenas uma metáfora poética. É uma revelação profunda da sua identidade e missão. Jesus não veio apenas para transmitir ensinamentos, mas para ser a própria revelação de Deus entre nós. Ao se declarar “luz do mundo”, Ele nos convida a abandonar as trevas da ignorância espiritual, do pecado e da dúvida.

O confronto com os fariseus deixa clara a resistência daqueles que, mesmo conhecendo a Lei, se recusavam a reconhecer a luz presente diante deles. Isso nos mostra que conhecer as Escrituras ou praticar rituais religiosos não é suficiente se o coração estiver fechado. Jesus nos ensina que é possível estar cercado pela luz, mas continuar cego, se não abrirmos os olhos com humildade e fé.

Essa mensagem é um chamado à intimidade com Cristo, à confiança em sua palavra e à coragem de segui-lo, mesmo quando isso vai contra as expectativas do mundo ou de tradições rígidas. Ele é a luz que revela a verdade sobre Deus, sobre nós mesmos e sobre a vida.


2. Conexão com a Primeira Leitura (Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62)

A primeira leitura narra com força dramática a injustiça sofrida por Susana. Falsamente acusada por homens poderosos, ela não se desespera, mas clama por Deus: “Ó Deus eterno, que conheces os segredos, que tudo sabes antes que aconteça…”. Sua oração confiante é respondida por meio do jovem Daniel, instrumento da luz e da justiça divina, que revela a falsidade dos acusadores.

Aqui, a ligação com o Evangelho é clara: Deus é a luz que revela a verdade escondida nas sombras. Tal como Susana, todos nós enfrentamos situações em que somos incompreendidos, julgados ou acusados injustamente. A mensagem é de esperança: a justiça de Deus prevalece. A luz de Cristo expõe a verdade que salva, liberta e restaura.


3. A Luz que Revela a Verdade

Jesus afirma que sua luz revela a verdade. Esta verdade não é apenas factual, mas espiritual: quem somos, o que precisamos, onde erramos e para onde devemos ir. É uma luz que conforta e confronta ao mesmo tempo. Para muitos, como os fariseus, essa verdade é incômoda, pois revela hipocrisias. Para outros, como Susana, é libertadora, pois desfaz a injustiça.

Seguir a luz de Cristo é aceitar ser transformado por ela. É abrir mão da vaidade, do egoísmo e da dureza de coração. É escolher diariamente viver com os olhos fixos na luz, mesmo que isso signifique nadar contra a correnteza do mundo.


4. O Salmo 22(23): Esperança no Vale Escuro

O Salmo responsorial de hoje — “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo” — complementa de maneira belíssima essa temática. Este salmo, tão amado pelos fiéis, expressa com confiança que, mesmo em meio às trevas, a presença do Senhor é certeza de proteção e consolo. A imagem do “vale escuro” dialoga diretamente com a declaração de Jesus: quem o segue não caminha nas trevas.

Neste salmo, vemos o retrato de uma alma que encontrou segurança, mesmo em tempos de ameaça. Deus não apenas guia; Ele prepara a mesa, unge a cabeça e enche o cálice. Ele não é apenas companheiro de jornada — é provedor, protetor e amigo. É essa confiança que deve habitar em nossos corações nos dias bons e, principalmente, nos dias difíceis.


5. Reflexão Final: Viver na Luz de Cristo

A liturgia de hoje é um verdadeiro convite à confiança. Em meio a um mundo onde tantas vozes confundem e obscurecem a verdade, Jesus se apresenta como a única luz confiável. Sua luz não é ilusória, não engana, não nos cega — ao contrário, ela revela com amor, cura com misericórdia e guia com firmeza.

Quantas vezes, em nossa caminhada, somos como os fariseus: ouvimos Jesus, mas resistimos em confiar plenamente Nele? Ou como Susana, nos sentimos injustiçados, sozinhos, cercados por ameaças? Em todas essas situações, a resposta é sempre a mesma: deixe-se guiar pela luz de Cristo.

Como disse Santo Agostinho, que experimentou profundamente o poder dessa luz:

“Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu lá fora…”

Essa frase nos recorda que a luz de Deus não está fora do nosso alcance. Ela habita em nós. Basta abrir o coração.

Seguir Jesus é aceitar a sua luz, mesmo que ela revele nossas feridas. É confiar que, ao expor nossas trevas, Ele não nos julga, mas nos cura. É andar com fé, sabendo que o Bom Pastor nunca abandona suas ovelhas, mesmo no vale da sombra da morte.

Que neste dia, diante desta liturgia tão rica e poderosa, possamos renovar nosso compromisso com a luz. Que nossa oração seja como a de Susana, nosso canto como o do salmista, e nosso caminhar iluminado pelo Cristo, Luz do mundo.


Oração Final

Senhor Jesus,

Tu és a luz que dissipa toda escuridão e guia nossos passos na verdade. Hoje, diante da Tua palavra, queremos nos entregar inteiramente a Ti. Ilumina, Senhor, as áreas da nossa vida que ainda estão nas sombras. Dá-nos coragem para abandonar os caminhos escuros e seguir contigo, com confiança e fé.

Assim como Susana, ajuda-nos a manter a integridade e a confiar na Tua justiça. Que, mesmo quando tudo parecer perdido, possamos clamar a Ti com o coração sincero, certos de que Tu nos escutas e nos resgatas.

Conduze-nos, Bom Pastor, pelos vales sombrios da vida. Que a Tua luz brilhe em nós e por meio de nós, para que sejamos sinais do Teu amor e da Tua verdade no mundo. Amém.

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